Diminuição da libido feminina: entenda quais os principais fatores

20 de dezembro de 2020

A diminuição da libido é uma das queixas mais recorrentes nos consultórios ginecológicos e também uma das questões mais complexas de resolver. Antes de discutirmos sobre o assunto, é válido ressaltar que a diminuição da libido corresponde à falta de apetite sexual. Alguns indicativos são: alteração da excitação, ausência de fantasias sexuais e redução do desejo sexual. No entanto, para se caracterizar como uma disfunção sexual, é necessário que tais sentimentos aconteçam repetidas vezes.

 

Por que ocorre a diminuição da libido?

Existem diversos fatores que influenciam diretamente na libido feminina, como o bem-estar físico e emocional, desequilíbrio hormonal e o relacionamento com o parceiro. Portanto, é fundamental avaliar se existem condições externas que estão interferindo e contribuindo para a diminuição de seu desejo sexual.

 

Causas orgânicas

Algumas condições que resultam na redução da libido são a depressão, alcoolismo, problemas cardíacos e uso de drogas. Porém, o principal fator responsável pela disfunção sexual feminina são as oscilações hormonais, que ocorrem durante o ciclo menstrual, gravidez e menopausa. No último caso, temos a redução da produção de testosterona, hormônio de grande importância para o desejo sexual.

Entretanto, mesmo mulheres com taxas hormonais equilibradas podem não sentir vontade de ter relações sexuais. E por que isso acontece?

 

Causas de fundo emocional e psicológicas

A maior parte das pacientes não têm qualquer problema físico, mas apenas questões relacionadas ao emocional. Veja:

  • Baixa autoestima: muitas mulheres estão insatisfeitas com seu corpo e preocupam-se com a opinião do parceiro, deixando a preocupação crescer e o desejo diminuir.
  • Problemas com o parceiro(a): desentendimentos constantes podem prejudicar o desejo sexual. Além disso, é fundamental sentir-se à vontade com o parceiro(a).
  • Preguiça: com uma rotina exaustiva, ter uma longa noite de sono parece bem mais atrativo, não é mesmo?
  • Falta de autoconhecimento: já comentei aqui a importância do autoconhecimento. Afinal, se você não sabe o que te dá prazer, dificilmente alguém conseguirá te proporcionar sensações e experiências boas. Conheça seu corpo. E assuma o comando!

 

 

A realização de exames para verificar se há desequilíbrio hormonal ou de neurotransmissores é fundamental. Porém, é de extrema importância compreender que a libido também está diretamente ligada ao cérebro.

Encare a questão com sinceridade e pergunte-se:

“Eu sinto atração pela pessoa com a qual me relaciono?”

“Aconteceu algum episódio específico que me fez criar um bloqueio?” ou

“Se eu tivesse uma rotina menos cansativa, teria mais vontade de ter relações sexuais?”

 

Portanto, antes de optar por tratamentos hormonais ou colocar seu relacionamento em risco, realize essa autoavaliação. Caso as respostas não sejam muito claras, procure ajuda profissional. Lembre-se: sexo também é saúde!

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Drª Fernanda Macêdo

Drª Fernanda Macêdo

Formada pela UNIRIO e pós-graduada em Ginecologia e Obstetrícia pela Fundação Oswaldo Cruz, sou médica há 20 anos. Sempre senti que meu propósito era atender mulheres e oferecer um tratamento humanizado.
Como médica integrativa, acredito que não devemos focar apenas na cura, mas sim buscarmos uma forma de evitar o adoecimento!

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