A Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida pela sigla SOP, corresponde a um distúrbio endócrino muito comum e que pode acometer mulheres de todas as idades. Porém, é mais frequente no início da adolescência.
Essa condição provoca alterações dos níveis de alguns hormônios, levando à formação de cistos nos ovários. Devido a essas mudanças hormonais, temos o desencadeamento de alguns sintomas, como menstruação irregular e alta produção de testosterona.
A produção excessiva de testosterona pode levar ao aparecimento de acne e pelos no corpo e no rosto. Nos casos mais graves, a mulher pode desenvolver diabetes, doenças cardiovasculares, câncer do endométrio e infertilidade.
Tratamento
Com base nos sintomas apresentados pela mulher e o resultado dos exames solicitados, o médico consegue indicar o tratamento adequado.
Existem diversas maneiras de tratar a Síndrome, algumas opções são: uso de anticoncepcionais orais, realização de atividades físicas, alimentação equilibrada e uso de medicamentos para facilitar a gravidez.
Tem como prevenir a SOP?
Infelizmente, a Síndrome do Ovário Policístico ainda não possui causa definida. Porém, acredita-se que o surgimento da condição possa estar associada a diversos fatores, como genética, metabolismo, resistência à insulina, sedentarismo e alimentação inadequada.
Quando analisamos os dois últimos fatores, podemos perceber que estão relacionados ao estilo de vida. Evidências crescentes sugerem que a SOP é um transtorno multigênico complexo, com fortes influências epigenéticas e ambientais.
Além disso, as condições metabólicas da paciente, principalmente a resistência insulínica, estão muito relacionadas com a SOP e suas repercussões, fazendo com que essa condição se manifeste em diferentes níveis.
Diagnóstico
Como podemos perceber, um diagnóstico isolado de SOP é quase insignificante devido ao amplo espectro de manifestações clínicas e consequências da síndrome. Para isso, devemos olhar a mulher, também, em seu contexto metabólico.
O diagnóstico da SOP só é definido na presença de pelo menos 2 dos 3 critérios a seguir (Critérios de Rotterdam):
✅ Hiperandrogenismo: excesso de pêlos pelo corpo (conhecido como hirsutismo), acne, queda de cabelo (alopecia), seborréia, nível elevado de testosterona no organismo.
✅ Oligoovulação: irregularidade menstrual e subfertilidade.
✅ Ovários policísticos à ultrassonografia (USG).
⚠️ Vale a ressalva de que a ausência de ovários policísticos não exclui a SOP. Assim como sua presença isolada não fecha o diagnóstico de Síndrome dos Ovários Policísticos.
Uma mulher que atenda aos critérios de SOP e apresente obesidade, resistência insulínica, tolerância diminuída à glicose e colesterol alto terá consequências diferentes de uma mulher com os mesmo critérios de SOP atendidos, porém sem complicações metabólicas.
Por esse motivo, a alimentação e o estilo de vida saudáveis são peças fundamentais no manejo da Síndrome dos ovários policísticos.