Qual a relação entre desodorantes e câncer de mama?

12 de julho de 2021

Recentemente levantou-se a hipótese de que o uso de desodorantes antitranspirantes poderia aumentar os riscos do desenvolvimento do câncer de mama. Como vivemos na era digital, rapidamente essa informação se espalhou pelas redes sociais e muitas mulheres ficaram preocupadas. 

Essa hipótese surgiu devido ao aumento dos casos de câncer de mama nas regiões laterais e superiores das mamas. Segundo alguns estudiosos, o uso de antitranspirantes poderia ser um dos motivos que contribuíram para esse crescimento devido à presença de sais de alumínio em sua composição.

Esse ingrediente cria uma espécie de barreira nos ductos das glândulas sudoríparas e impede que o suor saia pela superfície da pele. Ou seja, ele é responsável por “controlar” a saída de suor do corpo. 

Muitos cientistas estudam a possibilidade de que o uso constante de antitranspirantes faça com que tenhamos um acúmulo de alumínio no tecido mamário, aumentando, assim, a probabilidade do desenvolvimento de câncer. 

Então, devo abolir o uso de antitranspirantes para evitar o câncer de mama? 

Precisamos ter muito cuidado com esse tipo de relação. Até o momento, não temos nenhum estudo científico comprovando que o acúmulo de alumínio na mamas pode contribuir para o aumento dos riscos de câncer.  

No entanto, não podemos descartar o fato de que o uso excessivo desses produtos pode, sim, gerar um acúmulo de alumínio nesta região do corpo, principalmente quando a retirada dos pelos das axilas é feita com lâminas de barbear. Isso porque podem gerar micro cortes, aumentando a absorção da substância. Além disso, pode haver a inalação pela respiração se o antitranspirante for em aerosol. Por precaução, evite ao máximo o uso até que, eventualmente, seja descartada pela Ciência a hipótese de causalidade entre os antitranspirantes e o câncer de mama.

Mas e agora, o que devo fazer?

Sempre digo que tudo na vida é equilíbrio. Confira algumas dicas para que você fique cheirosinha, sem medo!

01.Prefira desodorantes ao invés de antitranspirantes, pois os primeiros apenas disfarçam o cheiro e proporcionam a sensação de frescor, enquanto os antitranspirantes impedem o suor de sair. 

02.O mau cheiro do suor é provocado pela presença de bactérias. Para evitá-las, basta lavar bem a região com sabonete. Se for comum cheirar mal, utilize um sabonete antisséptico durante um tempo para diminuir as bactérias na região. E, pra quem gosta de dicas do “tempo da vovó” (eu gosto!), no início do banho esfregue as metades de um limão verde nas axilas. Ao final do banho, simplesmente lave com sabão. Mas não faça isso, em hipótese alguma, se for pegar sol. Os resíduos do sumo do limão causam queimaduras graves quando exposta a pele ao sol.

03.Prefira desodorantes em barra ou roll on. Assim, você evita inalar alumínio. 

04.Ao contrário do que algumas pessoas acreditam, os pelos não causam mal cheiro. Então, os retire apenas se preferir as axilas depiladas. 

05.Aplique apenas quando necessário, nada de passar desodorante várias vezes ao dia. Minha sugestão é aplicar pela manhã e reforçar quando for se exercitar. 

06. Prefira opções mais naturais. Já existem desodorantes sem muita química que funcionam super bem e não acumulam metal no seu corpo. Uma alternativa bem interessante (e que eu utilizo) são os desodorantes em pedras. 

O que são os desodorantes em pedra?

Alva Naturkosmetik Desodorante Stick Kristall Sensitive 

De forma bem resumida, esse tipo de desodorante é feito de um mineral chamado alúmen de potássio, também conhecido como Pedra Hume. Esse mineral possui propriedades antibacterianas que impedem a proliferação de bactérias que causam mau cheiro. 

Além de durarem por muito tempo e serem bem menos agressivos para o seu corpo, esse tipo de desodorante é uma alternativa mais sustentável e econômica a longo prazo. 

Após a leitura, espero que suas dúvidas tenham sido respondidas e você tenha conhecido algumas formas de utilizar esses produtos de forma menos abrasiva. ????

Drª Fernanda Macêdo

Drª Fernanda Macêdo

Formada pela UNIRIO e pós-graduada em Ginecologia e Obstetrícia pela Fundação Oswaldo Cruz, sou médica há 20 anos. Sempre senti que meu propósito era atender mulheres e oferecer um tratamento humanizado.
Como médica integrativa, acredito que não devemos focar apenas na cura, mas sim buscarmos uma forma de evitar o adoecimento!

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