Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou uma queda de 18,7% nos casos de infecção por Aids entre os anos de 2012 e 2019. No entanto, ainda tivemos 37.308 novos casos em 2019, os quais afetam especialmente as populações mais vulneráveis.
Com o avanço da medicina, foram desenvolvidos medicamentos que se mostraram grandes aliados no combate a essa epidemia. Estamos falando da PrEP e da PEP. Nunca ouviu essas siglas? Realmente, elas não fazem parte do vocabulário de muitas pessoas.
Porém, conhecê-las e disseminar a informação é uma questão de saúde pública. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto.
PrEP – Profilaxia Pré-Exposição
Como o nome sugere, a PrEP consiste no uso preventivo de medicamentos antirretrovirais orais antes da exposição ao vírus HIV, buscando a diminuição do risco de se infectar . Com o uso diário de medicamentos específicos, consegue-se diminuir o risco de transmissão. Portanto, é indicado para aqueles que estão em situação de risco.
A PrEP foi desenvolvida com o objetivo de ajudar na prevenção da infecção pelo HIV, sendo destinada, principalmente, para as populações de alta exposição, junto às quais se concentram o maior número de casos de HIV no país.
Esses grupos prioritários incluem: gays, homens que fazem sexo com outros homens, pessoas trans, profissionais do sexo e casais soro discordantes (quando uma pessoa está infectada pelo HIV e a outra não). É válido dizer que o PrEP não é exclusivo para esses grupos. Todos que se sintam vulneráveis podem fazer uso dos medicamentos.
Então posso deixar de usar camisinha?
Claro que não! A Profilaxia Pré-Exposição não protege apenas contra o vírus HIV. Ao dispensar o preservativo, você ainda pode contrair outras infecções sexualmente transmissíveis, como hepatites, sífilis, gonorreia, HPV e clamídia.
Você pode estar pensando porque hoje em dia alguém ainda não usa preservativos, mas o PrEP veio para proteger populações vulneráveis e não cabe a nós julgar o comportamento dos outros. Profissionais do sexo e pessoas trans são mais expostas à violência e precisam de ajuda neste sentido.
PEP – Profilaxia Pós-Exposição
A PEP consiste no uso de medicamentos antivirais por aqueles que tiveram um evento de potencial contaminação com o vírus HIV. Alguns exemplos são: violência sexual, relação sexual desprotegida e acidente ocupacional (por exemplo, quando há contato com sangue ou fuidos contaminados).
Para funcionar, a PEP deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras 2 horas após o evento, e não devendo passar de 72 horas para que a prevenção aconteça de forma adequada. Após o início, os antivirais deverão ser utilizados por 28 dias.
Porém, antes de optar por uma dessas estratégias, procure orientação médica. O SUS disponibiliza ambas as opções.