A Medicina Integrativa é um conceito relativamente novo para muitas pessoas e, por esse motivo, é muito comum surgirem dúvidas sobre como funciona uma consulta integrativa. Antes de explicar sobre o atendimento, acho válido destacar os princípios que regem a Medicina Integrativa.
Em primeiro lugar, ela não é uma área da medicina, e tampouco uma medicina diferente, mas apenas uma forma de abordagem médica em que o paciente, e não a doença, está no centro do cuidado. Ela busca analisar todos os aspectos que formam e envolvem o indivíduo, nos campos físico, mental, social, emocional, espiritual e ambiental. Para isso, utilizamos estratégias cientificamente comprovadas para o restabelecimento da saúde e a prevenção de doenças.
Ademais, é importante salientar que a Medicina Integrativa não é sinônimo de Medicina Alternativa. Como o próprio nome sugere, a Medicina Integrativa integra técnicas complementares (que já foram comprovadas pela Ciência) às da medicina convencional. Assim, conseguimos tirar proveito dos melhores conhecimentos oferecidos por diferentes especialidades para obter resultados efetivos e duradouros.
Como é uma consulta integrativa?
Agora que você já sabe no que consiste a Medicina Integrativa, chegou o momento de conhecer como funciona uma consulta que utiliza essa abordagem médica. (Lembrando que irei explicar como trabalho no meu consultório).
01. Escuta interessada
Assim que a paciente chega, a deixo contar sua história livremente, sem interrupções. Ouvindo mulheres há mais de 20 anos, tenho certeza de que a maior parte dos problemas poderiam ser resolvidos apenas a partir de uma escuta interessada e sem julgamentos.
Em muitos casos, só de poder compartilhar e ouvir a própria história faz com que a paciente se sinta acolhida e perceba, de forma mais clara, o que está acontecendo com ela.
02. Perguntas relevantes
Após ouvir sua história, faço perguntas que julgo importantes para estabelecer as conexões necessárias entre os efeitos e o que poderiam ser as causas. Na ginecologia integrativa é de grande importância avaliarmos, por exemplo, o relacionamento da paciente com a mãe, como foram os anos de puberdade e de desenvolvimento sexual, sua relação profissional, a maternidade e os amigos.
Além disso, levo em consideração as práticas espirituais ou energéticas da paciente. Analiso seu estilo de vida, alimentação, atividades físicas que realiza (ou naõ…), a qualidade do sono e, quando é o caso, do sexo. Por fim, também é essencial compreender possíveis gatilhos que levam ao adoecimento, tais como traumas, uso de medicamentos e exposição a poluentes.
03. Exames físicos
Em seguida temos a fase do exame físico. Além de examinar, procuro mostrar para a mulher como o seu corpo funciona. Compartilhar o exame com a paciente lhe traz segurança e aprendizado sobre si mesma. Nesse momento, o espelho é nosso melhor amigo!
Somente depois de cumprir todas as etapas solicito os exames complementares, explicando detalhadamente qual o objetivo de cada um. Prescrições e orientações são feitas no final da consulta. Por último, combinamos um retorno para reavaliação e análise dos sintomas e progressos obtidos após a intervenção.
Como podemos ver, uma consulta integrativa preza pela escuta e orientação, o que deveria estar presente mesmo em consultas convencionais. O nosso diferencial, de fato, é oferecer uma gama maior de terapêuticas, aliando a sabedoria de outras formas de tratar à medicina convencional.
Se interessou por essa abordagem médica? Leia outros conteúdos sobre o tema no blog e me acompanhe no Instagram, sempre levo informações relacionadas à medicina integrativa. Qualquer dúvida, estou aqui.